As Quatro Estações - Legião Urbana (1989)

Divisor de águas para a maior banda de Rock do Brasil, talvez o ápice musical de toda uma geração.

Soou exagerado?

Que nada! Não dá para tratar As Quatro Estações de forma diminuta, a não ser que você não goste da Legião Urbana. Aí, pode caçar outros posts em nossa lista, pois você não vai entender este aqui.

O álbum é todo redondo, desde o início, com "Há Tempos", até seu fim, na melancólica "Se Fiquei Esperando Meu Amor Passar".

Renato Russo, o cara que sabia "rimar romã com travesseiro", definitivamente não estava brincando quando compôs e gravou este disco.

Pois não é todo dia que você coloca, na mesma obra, músicas do calibre de "Meninos e Meninas", "1965 (Duas Tribos)", "Feedback Song For a Dying Friend", "Quando o Sol Bater Na Janela do Teu Quarto", "Maurício" e, é claro, uma das maiores músicas da História: "Pais e Filhos", que eternizou versos como

É preciso amar

as pessoas
como se não houvesse amanhã.


O disco tem algumas referências à Bíblia, Buda e Camões, sem soar prepotente ou exagerado.

Curiosamente, este disco foi um divisor de águas da Legião. Renato Russo queria algo menos pesado, queria fugir da rebeldia que marcou o início da carreira da banda. E o álbum foi gerado durante a saída do baixista Renato Rocha (pobre Negrete, últimas notícias davam conta de que ele tinha virado mendigo!), em um processo de rompimento que nunca ficou bem explicado.

Mas o fato é que este álbum marcou a grande mudança sonora da Legião, que passou a produzir músicas mais tranquilas, com melodias e arranjos mais elaborados.

E como sempre estava escrito nas capas dos discos da Legião: OUÇA NO VOLUME MÁXIMO!


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