Maquinarama - Skank (2000)

Conheço muita gente que torce o nariz pro Skank. Ou porque não gostam da banda (gosto é igual bunda, enfim), ou tem implicância mesmo.

A verdade é que até hoje eu tento entender como uma banda que começou tocando reggae e ska - ritmos que estavam em moda na época que eles "estouraram", lá pelo meio dos anos 1990 - acabou virando uma puta banda de melodias lindas e letras meio viajantes, mas igualmente belas.

O Maquinarama, lançado em 2000, é o ponto de virada do som do quarteto mineiro. O álbum até começa com "Água e Fogo", naquela batidinha meio eletrônica-festiva que os caras vinham desenvolvendo nos últimos discos, mas logo depois engata uma baita série de canções:

- "Três Lados", que durante muito tempo foi o ponto alto dos shows, com o público rodando camisa, coisa linda de se ver;

- "Ela Desapareceu", baladinha com uma letra bem louca e um solo precioso no final;

- "Balada do Amor Inabalável" virou música de galã de novela da Globo. Tirando esse defeito, é uma música bem legal, tem um berimbau no fundo, um clima meio praiano, sei-lá-entende;

- "Canção Noturna", que a própria banda não acreditava que teria tanta resposta positiva dos fãs nos shows, mas o Samuel pega uma desgraça de uma guitarra semi-acústica que tem um som ANIMAL, então não tem como não dar certo.

Além de outros petardos, como "Muçulmano", "Rebelião" e a música-título. O fim do álbum ainda guarda duas pérolas, uma meio famosinha, outra nem tanto. "Ali" é mais uma dessas músicas que o danado do Nando Reis mandou pro Samuel colocar uma melodia e deu muito certo.

Já "Preto Damião" é a pérola lado B do Skank nesse álbum, e faz parte do seleto grupo de personagens cantados pela banda, como a toda-linda-ela Jack Tequila, o inestimável Zé Trindade e o gomalino Don Blas.

Não conhece esses personagens? Não tem problema. O parágrafo anterior foi só para os fãs. ;)

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